O poder das nossas escolhas

O processo de fazer opções jamais pára. Está em constante funcionamento. Até mesmo não querer escolher já é uma escolha. O que eu quero dizer é que, a todo momento, nossa cabeça está fazendo pequenas ou grandes escolhas: se você vai se concentrar neste texto que está lendo agora, se algo passa ao seu lado e lhe chama a atenção ou se um pensamento lhe acomete e você investe nele. Pois é, a escolha na nossa vida é permanente.
Escolher também envolve aquilo a que se dá mais importância na vida. Se você dá grande valor para a opinião alheia, por certo vai fazer suas opções com base nos valores dos outros. Mas veja bem: você tem a escolha de não deixar levar pela pressão de terceiros. Tem a possibilidade de levantar a voz quando for preciso, de tomar a posse de si e de não ser pressionado por ninguém.
O que você tem feito com seu poder de escolha? Infelizmente, na maioria das vezes, adotamos uma atitude mental chamada obrigação.
Ela nada mais é que o autoritarismo interior que nasceu com os nossos pais e que estamos reproduzindo até os dias de hoje. Ela é representada pelo seguinte tipo de colocação: “eu não tenho escolha. Eu tenho que”. Pode parar com isso, hein!
Atenção: qualquer um pode escolher “não ter que”. Mas aí você argumenta: “Ah, mas se eu fizer tal coisa, o mundo cai”. Pois eu lhe digo que, muitas vezes, eu não segui o “tenho que” e nada aconteceu. Ao contrário, tudo melhorou. Fazer escolhas pelo medo é a maior furada. E digo mais: opções pelo medo são profundamente ruins e acabam sempre gerando negatividade. É como se você fosse diretamente ao encontro do perigo. Ninguém “tem que” nada. Ninguém faz a sua cabeça se você não dá poder.
É claro que todas as escolhas que fazemos sempre têm relação. Ora, é exatamente aí que reside o poder delas. A todo momento, estamos reproduzindo reflexos das nossas escolhas. Isso se chama responsabilidade. Ou seja, essa conduta representa o envolvimento com os nossos reais interesses. É estar lúcido, vivo. Tenho meus sentimentos, meus propósitos interiores, minhas vontades e meus valores. E é isso que vale. Por exemplo: o dia em que uma mulher não quiser assumir o papel de mãe com seu filho, ela pode escolher e pronto. Aliás, eu conheço uma pessoa que é mãe e nada tem haver com a figura materna (minha mãe). Apesar de ter gerado a criança, ela escolheu ser apenas uma colega dos filhos. O encara como um ser que ela está ajudando a lidar com o mundo. Por mais que a critiquem, ela segue confiante na sua escolha.
O que eu quero mostrar? Que ficar consciente da própria escolha é abrir um grande horizonte na vida. É voltar-se para si mesma e dizer: “o que eu quero?”. Temos mil idéias, experiências e bagagem o suficiente para fazermos escolhas inteligentes, com bom senso. Ou seja, é preciso escolher com base nos próprios sentimentos, valores e crenças. Todo o nosso destino é escrito por nós, porque todas as situações à nossa volta são frutos de nossas escolhas. Você é livre, e ponto final! Então, seja qual for à situação, pare, reflita e, acima de tudo, ouça o seu interior. Isso se chama auto-respeito!

(Trecho do Livro)

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